14/09/2011

Ribeirão Preto entra em guerra contra a dengue para evitar nova epidemia



A cidade de Ribeirão Preto, a 313 km de São Paulo, está em guerra contra a dengue. O município registrou em janeiro deste ano 614 casos da doença, segundo a Secretaria Municipal da Saúde. Há também o registro de uma morte suspeita. O temor das autoridades é que, assim como em 2010, haja uma epidemia.

No ano passado, em todo o estado de São Paulo houve 187.707 casos de dengue, 138 deles com mortes, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde. Em 2010, Ribeirão foi a cidade paulista com o maior número de doentes – 29.949. Nove desses pacientes morreram.

Apesar da quantidade de casos registrados no primeiro mês deste ano, o número é consideravelmente menor do que o registrado em igual período em 2010, quando 1.604 pessoas pegaram dengue (veja tabela abaixo com números de outras cidades).

Cidade Casos em 2010 (total) Casos em janeiro de 2010 Casos em janeiro de 2011
São Paulo 7.489 179 61
Ribeirão Preto 29.949 1.604 614
S. José do Rio Preto 25.021 não divulgado 8
S. José dos Campos 510 1 1
Guarujá 9.386 não divulgado.

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde do município, Maria Luiza Santa Maria, o combate ao mosquito transmissor da doença, o Aedes aegypti, foi intensificado nos últimos meses. “Os agentes em saúde vão quinzenalmente a 578 pontos estratégicos espalhados na cidade, como borracharias e casas abandonadas.”

Nas visitas, os funcionários aplicam larvicida em ralos e calhas e retiram possíveis criadouros, como pneus, pratos de vasos e garrafas. Os moradores também recebem orientações sobre como evitar o surgimento de novos focos da dengue. Em regiões onde houve casos positivos da doença, os agentes aplicam praguicidas nas casas.

Ainda segundo a diretora, a integração entre as secretarias – principalmente com a de Assuntos Jurídicos – é outro fator que merece destaque na guerra contra o mosquito transmissor. Funcionários da Coordenadoria de Limpeza Urbana, por exemplo, intensificam a limpeza de bueiros e retirada de entulho espalhado pela cidade.

A pasta jurídica teve papel fundamental no último ano. “Entramos com ações em casas abandonadas e terrenos em que não nos deixaram entrar”, afirmou Maria Luiza. As multas chegam a R$ 5 mil.

Apesar de todo esse trabalho, a expectativa da secretaria é que os casos da doença aumentem nos próximos meses. Historicamente, a maior parte dos registros ocorrem em abril –nesse período no ano passado, 9.143 pessoas ficaram doentes em Ribeirão.

Luis Eduardo e Alberto

Nenhum comentário:

Postar um comentário