23/06/2010

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

O dengue clássico faz diagnóstico diferencial com doenças viróticas variadas, tais como influenza, sarampo, rubéola e hepatites e também com a leptospirose na sua forma não ictérica e a malária. Já o dengue hemorrágico pode ser confundido com infecções bacterianas graves, malária grave e principalmente com a febre amarela.

Com a introdução do vírus do dengue sorotipo 3, o grande diagnóstico diferencial do dengue hemorrágico é a febre amarela, já que são da mesma família dos flavivírus, possuem o mesmo vetor, o mosquito Aedes Aegypti, semelhanças entre seus quadros clínicos e laboratoriais e a possibilidade de reações cruzadas nos testes sorológicos.

A febre amarela possui um período de incubação de três a seis dias e o espectro clínico da doença pode variar desde quadros benignos, como uma doença febril inespecífica, até outros fulminantes, marcados por fenômenos hemorrágicos. A doença inicia-se com febre, calafrios, cefaléia, mialgias, anorexia, náuseas e vômitos e hemorragias gengivais de pequena monta ou epistaxe. Ao contrário do dengue o paciente, mesmo com febre alta, pode ter uma bradicardia relativa (sinal de Faget).

A fase sindrômica dura aproximadamente três dias e corresponde ao período de infecção, durante o qual o vírus está presente no sangue. Esta pode ser seguida pelo período de remissão, no qual ocorre a melhora dos sintomas e dura, em média, 24 horas. Entretanto, nos casos graves, a febre e os sintomas reaparecem, com piora na sua intensidade e com o surgimento de icterícia, sintomas que caracterizam o período de intoxicação.

Há piora dos fenômenos hemorrágicos com hematêmese, melena, metrorragia, petéquias, equimoses e sangramento difuso pelas mucosas. O óbito acontece em 20 a 50% dos casos graves entre o sétimo e décimo dia de doença. Precedendo o óbito há uma piora da icterícia, hemorragias, taquicardia, hipotensão, oligúria e azotemia. Hipotermia, agitação, delírios, soluços incoercíveis, hipoglicemia, estupor e coma são sinais que apontam para o êxito letal. Ao contrário do dengue, a febre amarela tende a apresentar disfunção renal marcada por albuminúria e diminuição do débito urinário.

As alterações laboratoriais incluem leucopenia, elevação das bilirrubinas e transaminases, trombocitopenia, tempos de protrombina e coagulação prolongados e alterações do segmento ST no eletrocardiograma.

A convalescença é prolongada com profunda astenia que pode durar por até duas semanas. Os níveis de transaminases podem permanecer elevados por pelo menos dois meses. A recuperação é total, exceto nos casos em que houve complicações, principalmente por fenômenos hemorrágicos.

GRUPO:5 RAIMUNDO E JEAN 8ªE

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